O que é moeda escritural?

Em Negociação por André M. Coelho

Nosso sistema financeiro tem, basicamente, dois tipos de moedas: a escritural e a fiduciária. Entender esses dois tipos pode ajudar a compreender um pouco mais do nosso sistema financeiro e os elementos que dele fazem parte. Vamos explicar o que é uma moeda escritural e como ela funciona no nosso mercado financeiro.

O que é moeda escritural?

O dinheiro ou moeda escritural é o dinheiro disponível nas contas correntes de famílias e empresas. Também é chamado de moeda bancária. É um lançamento contábil simples feito por uma instituição financeira (geralmente um banco). O dinheiro escritural é, portanto, intangível, diferentemente do dinheiro fiduciário (notas e moedas).

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No entanto, pode ser convertido em liquidez a qualquer momento. Se um agente econômico (família ou empresa) faz o contrário e deposita dinheiro em sua conta bancária, o dinheiro é convertido em moeda virtual para aparecer em sua conta.

A moeda bancária na prática

O dinheiro depositado em uma conta corrente em um banco pode ser usado a qualquer momento para efetuar pagamentos. Para isso, o banco fornece às famílias e empresas vários meios de pagamento, sendo os principais: cartão de crédito, cheque, transferência bancária ou dinheiro eletrônico.

O dinheiro escritural pode então circular entre agentes econômicos. Nos países desenvolvidos, são usados em uma grande porcentagem de transações. Nos países do terceiro mundo, o dinheiro escritural é usado muito pouco. Os pagamentos são feitos em dinheiro fiduciário, apesar disso estar mudando rapidamente.

Para que o dinheiro escritural seja usado como meio de pagamento, os agentes econômicos devem ter confiança no sistema financeiro. Se não for esse o caso, haverá acumulação e o dinheiro disponível na conta será convertido em dinheiro fiduciário.

Moeda escritural

A moeda escritural não é como a moeda impressa, mas é um tipo de moeda necessário para nosso mercado financeiro. (Foto: The Diplomat in Spain)

Como é emitida a moeda escritural?

Quando um agente econômico faz um depósito em uma conta corrente, ele se torna dinheiro escritural. Esse dinheiro é usado como recurso pelo banco para oferecer crédito a seus outros clientes. Uma nova linha contábil aparece na conta do mutuário. Esse novo dinheiro fictício pode ser usado e, portanto, injetado na economia real.

O dinheiro desse crédito gerará renda para os produtores de bens e serviços que, por sua vez, podem depositar esse dinheiro em sua conta corrente. Créditos fazem depósitos futuros. É um recurso adicional para o banco, que tem a possibilidade de conceder novos empréstimos. Isso é chamado multiplicador de crédito. Esse fenômeno contribui para a criação de dinheiro.

Banco Central e a moeda escritural

O banco central desempenha um papel fundamental nesse mecanismo de criação de dinheiro. Pode influenciar o nível de crédito concedido pelos bancos, alterando suas taxas principais, que incluem a taxa de refinanciamento. Essa é a taxa pela qual os bancos comerciais podem emprestar do banco central. Esses recursos permitem que os bancos comerciais concedam novos empréstimos a agentes econômicos e, assim, participem da criação de dinheiro escritural.

Dinheiro escritural como agregado monetário

O dinheiro das escrituras é usado para calcular o nível de suprimento de dinheiro. Adicionando dinheiro das escrituras e moeda em circulação, obtemos o agregado monetário M1. Isso inclui dinheiro em sua forma mais líquida. Deve-se notar que quase 90% do suprimento de dinheiro é dinheiro das escrituras.

Os bancos centrais e comerciais gerenciam essa massa de dinheiro eletrônico por meio de programas de computador. Esses programas registram os movimentos do dinheiro das escrituras entre agentes econômicos.

Ficou alguma dúvida? Deixem nos comentários suas perguntas e iremos responder!

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Quem não tem amigos e familiares dizendo que estão sem dinheiro? Como especialista em educação financeira e consultor empresarial com mais de 300 horas de cursos, André decidiu ajudar compartilhando seu conhecimento através de artigos neste blog. André tem graduação em pedagogia e especialização em padronização de processos e usa seu conhecimento para ensinar seus leitores a lidar melhor com o dinheiro.

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