É obrigatório fazer o cadastro para usar o PIX?

Em Negociação por André M. Coelho

Os brasileiros já são os primeiros a adotar quando se trata de mídia social e novas tecnologias. Nosso país hiperconectado depende de smartphones para gerenciar tudo, desde socializar até fazer compras e, em breve, pagar. Os dispositivos móveis serão responsáveis ​​por quase metade das vendas online de varejo do país. As carteiras digitais já estão em alta e só ganharão mais relevância nos próximos anos, mas a tendência de pagamento mais importante do Brasil em 2020 é o PIX. Mas ele é obrigatório? Como ele funciona?

Vamos explicar melhor este sistema do Banco Central.

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O que é o PIX?

Essa plataforma de pagamentos instantâneos ficou acessível aos usuários por meio de um aplicativo de smartphone a partir de 5 de outubro de 2020, quando os usuários poderão se cadastrar e habilitar transferências compartilhando informações de identificação pessoal, como número de telefone e e-mail. Em 16 de novembro, o serviço estará totalmente disponível para transferências gratuitas entre pessoas e empresas, bem como para pagamentos de comércio eletrônico.

PIX e sistema de pagamento instantâneo

O PIX desenvolvido pelo Banco Central do Brasil  deve concluir a maioria das transações em 10 segundos. Atualmente, elas podem levar de alguns minutos a 24 horas ou mais. O PIX está definido para ultrapassar os favoritos locais atuais, que são as transações TED e DOC, além de opções como dinheiro e Boleto Bancário.

Como o PIX faz isso? Para começar, ele define um limite inferior para a entrada, uma vez que para fazer um pagamento só será necessário um smartphone, selecionar um contato para enviar dinheiro ou escanear um código QR, tornando todo o processo de checkout simples e fácil para usuários e comerciantes.

Pix do Banco Central

O Pix não é obrigatório, mas facilitará e barateará as transferências bancárias. (Foto: BC)

Cadastro no PIX é obrigatório?

Não, mas é altamente recomendável. Além de ser conveniente e rápido, o PIX também oferecerá benefícios de segurança ao alavancar a autenticação multifatorial recomendada pelo Banco Central do Brasil. Esta medida de segurança cada vez mais popular cria vários pontos de proteção para reduzir o risco de movimentação de dinheiro, vinculando os telefones dos usuários às suas senhas ou dados biométricos.

Além da segurança, o PIX usará uma arquitetura aberta que capacita os usuários com contas em diferentes instituições financeiras ou eWallets a fazer transações instantâneas e gratuitas entre contas. Isso economizará aos usuários as altas taxas bancárias de fim de mês que eles pagam atualmente por essas transações entre instituições.

O PIX vai inspirar a competição entre bancos, fintechs, outros players financeiros e até mesmo empresas de outros setores, como varejo. Este mercado em evolução irá impulsionar a inovação e melhorar os serviços para os clientes.

Por fim, o PIX será mais barato do que ter um cartão de crédito, pois reduzirá as taxas. O fato da nova plataforma ter como interface principal os smartphones também é um fator que vai conquistar novos clientes. Em 2019, com uma população de 210 milhões, o país já contava com mais de 230 milhões de smartphones em operação, com uma tendência a aumentar ainda mais

Os comerciantes precisam autorizar o PIX?

O PIX está definido para modernizar o cenário de pagamentos no Brasil e os comerciantes precisam correr com as mudanças. A plataforma também é um trocador de jogo para eles, já que o método de pagamento é configurado para disponibilizar os valores instantaneamente e ser mais barato para processar do que transações com cartão de débito ou crédito. Os comerciantes estão trabalhando para oferecer mais e mais conveniência e checkouts perfeitos, e o PIX pode ser uma ferramenta importante para atingir esses objetivos.

Além de fluxo de caixa mais rápido e melhor experiência do cliente no caixa, o PIX proporcionará acesso a uma parte adicional da população brasileira. Graças ao ponto de entrada mais baixo e à redução ou eliminação de taxas conforme as soluções bancárias não tradicionais continuam a evoluir, esperamos que a população com poucos bancos direcione mais dinheiro para o ecossistema de comércio eletrônico, que será desbloqueado para os primeiros usuários do PIX no lado do comerciante.

Quem já tem um serviço de máquina de cartão ou um gateway de pagamentos, o

PIX é apenas o começo

Nos últimos anos, o Banco Central do Brasil tem trabalhado para modernizar o ambiente financeiro do país e o PIX é apenas um dos passos nesse caminho. O BrasilEstá no caminho de ter uma regulamentação bancária aberta; em última análise, a plataforma aberta integrará APIs de bancos e outras instituições que fazem parte do ecossistema financeiro. Isso significa que os usuários poderão gerenciar seu dinheiro por meio de várias plataformas diferentes, não apenas o aplicativo de seu banco. Eles também se tornam proprietários de seus dados financeiros que, somente com consentimento, podem ser compartilhados com outras empresas que desejam oferecer serviços mais personalizados.

O Brasil está seguindo os passos de outros países que implementaram com sucesso medidas para trazer inovação ao seu setor de pagamentos. Na Austrália, por exemplo, a Nova Plataforma de Pagamentos (NPP) foi lançada em 2018, e em janeiro de 2020 já havia registrado 384 milhões de transações. Cingapura, por outro lado, usa Fast and Secure Transfers (FAST) desde 2014 e pode registrar até 218 milhões de transferências por mês.

Usuários e inovação estão chegando em primeiro lugar em muitos mercados ao redor do mundo e o Brasil não é exceção.

Vantagens para usuários do PIX

Mais rápido: recursos disponíveis instantaneamente

Gratuito

Mais seguro

Mais simples e conveniente: checkouts mais perfeitos

Benefícios para comerciantes

Menos caro do que outros métodos de pagamento eletrônico

Mais rápido: recursos disponíveis instantaneamente

Mais simples e conveniente: checkouts mais perfeitos

Benefícios para o ecossistema de pagamentos

Tornando os pagamentos mais digitais

Mais competição: novos participantes e soluções melhores e mais baratas

Ficou alguma dúvida? Deixem nos comentários suas perguntas e iremos responder!

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Quem não tem amigos e familiares dizendo que estão sem dinheiro? Como especialista em educação financeira e consultor empresarial com mais de 300 horas de cursos, André decidiu ajudar compartilhando seu conhecimento através de artigos neste blog. André tem graduação em pedagogia e especialização em padronização de processos e usa seu conhecimento para ensinar seus leitores a lidar melhor com o dinheiro.

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